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Sistemas
de numeração!
Para começar, vamos estabelecer a diferença entre dois
substantivos, que facilmente podem ser confundidos, devido à semelhança de seus
significados. Você sabe qual é a diferença entre número e numeral?
Num primeiro momento podemos pensar que são apenas formas
diferentes de nos referirmos à mesma coisa. Olhando mais detidamente, veremos
que existe uma diferença fundamental. O número é um conceito associado à uma
quantidade: pode ser de coisas, pessoas, objetos, fatos, enfim tudo que possa
ser quantificado. É fácil compreender que, em qualquer tempo da história, o
número de pessoas presentes a um determinado evento, seria sempre o mesmo. Por
exemplo os apóstolos de Jesus Cristo foram doze, as tribos de Israel foram
doze. Vejamos como essa quantidade seria expressa em diferentes sistemas de
numeração.
O mais comum é o sistema que usamos cotidianamente,
levando muita gente a crer que é a única forma de exprimir essa quantidade, ou
seja os algarismos arábicos: 12. É o numeral que exprime a quantidade de discípulos
e também das tribos de Israel. Como esse número seria representado em
algarismos romanos? O numeral XII
é a expressão do mesmo número. E se um dos índios tupi/guarani do Brasil fosse
exprimir e1222sse número? Em primeiro lugar não sei se eles tinham uma
simbologia para escrever, apenas sei dizer que seria em palavras mokoin po
mokoin (duas mãos e dois). Se usássemos um sistema de numeração de
base 5, mas empregássemos os algarismos 0,1,2,3,4, como ficaria? O numeral
resultante seria (22) base 5.
Notemos que a base agora é 5. Assim o numeral (22) base 5, ficaria
valendo: 2x5 + 2.5º = 10 + 2 = 12. Notem que o dois no final representa duas
unidades simples e o outro, na segunda ordem representa duas vezes cinco
unidades.
Conversão de base 5 para base 10 |
Isso se encontra dividindo o número sucessivamente pela
base, até o quociente ser menor que a base. Usando o último quociente,
seguido de todos os restos, vamos ter o número expresso nessa nova base. Vamos
por exemplo exprimir o número 187 na base 5.
Dividimos: 187 : 5
= 37 e sobra um resto 2
Agora: 37 : 5 = 7, sobrando resto 2.
7 : 5 = 1, sobra resto 2.
O último quociente foi 1, que
é menor que a base 5. Isso permite escrever que:
(187) base 10 =
(1222) base 5.
Podemos reverter isso fazendo
o seguinte:
Temos 1 x 53 + 2 x 52 + 2 x 51
+ 2x50. Efetuando as operações indicadas teríamos:
1
x 125 + 2 x 25 + 2 x 5 + 2 x 1 = 125 + 50 + 10 + 2 = 187.
Assim fica mostrado que a mesma quantidade ou número
cento e oitenta e sete unidades, pode ser expresso por dois numerais diferentes
em dois sistemas de numeração diferentes.
(1222) base 5 = (187) base 10
Fica evidente que o número é algo imutável,
inerente a uma quantidade qualquer. O numeral é o símbolo ou conjunto de
símbolos que exprimem essa quantidade num determinado sistema de numeração. Portanto
podemos exprimir a mesma quantidade ou o mesmo número por infinitos numerais
diferentes, desde que façamos uso dos símbolos adequados, associados a um sistema
de numeração diferente. O número do exemplo anterior em algarismos romanos
seria escrito assim:
CLXXXVII à (100 + 50 + 30 + 5 +
2) = 187.
E se estivéssemos
usando o sistema sexagesimal usado pelos antigos fenícios, vindo até nossos
dias nos relógios, nos transferidores usados para medir ângulos em graus,
minutos e segundos, como ficaria expresso o nosso 187? Evidentemente precisaríamos
de um grupo de 60 símbolos e teríamos que recorrer aos algarismos arábicos,
alfabeto latino e alfabeto grego e mesmo assim faltariam alguns provavelmente.
Mas apenas por curiosidade. Teríamos que dividir o número por 60 e isso nos
daria:
187 : 60 = 3, resto 7
Aplicando
o mesmo raciocínio do sistema de base 5, poderíamos nesse caso escrever:
(187) base 10 = (37) base
60
Ou
sejam 3 x 601 + 7 x 600 = 180 + 7 = 187
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No
início a gente se atrapalha um pouco, por ser algo a que não estamos
acostumados em nosso proceder diário. Depois percebemos que são formas
diferentes de raciocinar sobre o problema dos números.
No
início eu falei que o valor de cada algarismo depende da sua posição dentro do
numeral. É o caso das ordens e classes. A partir da direita, temos as ordens:
1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, e assim por diante. São as ordens das: unidades, dezenas de unidades, centenas de
unidades, formando a classe das unidades simples. Na sequência vem as unidades de milhar, dezenas de milhar,
centenas de milhar, formando a classe dos milhares. Seguindo para esquerda,
teremos a classe dos milhões, bilhões, trilhões. Todos esses numerais são
representados com o uso exclusivo dos dez algarismos. Dessa forma cada número
pode ser decomposto em suas ordens, o que é especialmente útil no cálculo
mental para efetuar a soma de vários números. Fazemos a soma das ordens e no
fim temos o resultado.
Você,
que passa horas jogando em seu celular, trocando mensagens nas redes sociais,
assistindo vídeos, ouvindo músicas, digitando textos no notebook, tablet, PC ou
vendo televisão, talvez não saiba que a linguagem dos circuitos eletrônicos é
baseada no uso dos algarismos 0 e 1, ou seja, o sistema binário. Nos primórdios
da eletrônica, os circuitos eram gigantescos, consumiam uma enorme quantidade
de energia e tinham pequena capacidade de processamento. Nessa época, reinavam
as lâmpadas, válvulas, capacitores e alguns outros componentes. Uma lâmpada
acesa, representava o algarismo 1 e uma lâmpada apagada, o algarismo 0. Mais
tarde elas foram substituídas por circuitos menores, transistorizados,
miniaturizados ao ponto de concentrar em pequeníssimos espaços, uma imensa
quantidade de componentes. Isso trouxe, além da redução do espaço ocupado, uma
gigantesca redução no consumo de energia. Por outro lado tornou os aparelhos
mais potentes e ao mesmo tempo portáteis. Podem ser transportados para qualquer
lugar. O que não mudou, foi a linguagem da máquina. Continua sendo o sistema
binário, com a diferença de que, em lugar de lâmpadas acesas e apagadas, temos
circuitos abertos e fechados. Nesses passa corrente elétrica e nos primeiros
não.
Foi preciso
criar uma espécie de “dicionário” ou “tradutor” para permitir a comunicação do
homem com a máquina. Os primeiros usuários de computadores, tinham que saber
muita coisa sobre o assunto. A evolução das linguagens, desenvolvimento de
novos códigos, permitiu transformar qualquer coisa em “bits” de computador. Essa
tecnologia permite armazenar em um “pen-drive” minúsculo uma pequena
biblioteca. Um SD card consegue armazenar uma infinidade de dados, imagens,
músicas ou textos; tudo graças à capacidade que o homem desenvolveu de “conversar”
com as máquinas que entendem apenas a linguagem binária, isso é, sequências de
1,0,0,1,1,0,1. O “tradutor” se encarrega de estabelecer a comunicação nossa com
a máquina. Hoje, um grande número de usuários de aparelhos eletrônicos,
inclusive eu, entendem bem pouco, ou quase nada de como ocorre essa
comunicação. Os teclados, mouses, toutch pad e mesmo conversores de voz, fazem
a comunicação, permitindo até a cegos e deficientes de diferentes ordens usar
os computadores.
Um
fato interessante é observar que ao adquirir um pente de memória RAM, um HD de
500 GB ou algo assim, depois de instalar, verificando no sistema constata-se
que a capacidade não é exatamente aquela que aparece indicada em números
redondos. Provavelmente os 500 GB, correspondem a uma potência de 2, cujo valor
seja aproximadamente igual a 500. O pente de memória RAM de 1 MB, tem
certamente 1024 KB ou seja 1,024 GB, uma potência de 2.
Para
nos dar uma ideia vejamos como se transforma um numeral decimal em numeral
binário.
Ex. (187)
base 10 = (?) base 2
187 :
2 = 93, resto 1.
93 : 2
= 46, resto 1.
46 : 2
= 23, resto 0
23 : 2
= 11, resto 1
11 : 2
= 5, resto 1
5 : 2 = 2, resto 1
2 : 2 = 1, resto 0
(187)
base 10 = (10111011) base 2
Se recebermos um número
expresso na base 2, como saberemos quanto ele representa na base 10?
Mais fácil fazer com um
exemplo: (10011101) base 2 = (?) base 10
Vamos lembrar que a base é 2 e
portanto a questão se resume a um conjunto de parcelas, formadas por potências
de base 2. Para saber o expoente de cada uma, basta contar da direita para
esquerda a posição e do número encontrado subtrair uma unidade. Esse será o
expoente.
Dessa maneira teremos:
1 x 27 + 0 x 26 + 0 x 25
+ 1 x 24 + 1 x 23 + 1 x 22 + 0 x 21
+ 1 x 20 =
128 + 0 + 0 + 16 + 8 + 4 + 0 +
1 = 126 + 29 = 157.
O que para nós é trabalhoso,
as máquinas realizam em frações de segundo e nos apresentam o resultado na
nossa linguagem, isto é, ainda traduzem para que possamos entender suas
respostas. Se fosse preciso interpretar uma enorme sequência de algarismos 0 e
1 para entendermos o resultado, não seria nada fácil, podem crer.
Quem tiver vontade de saber
mais sobre o assunto, pode encontrar vários sites falando sobre os diferentes
sistemas de numeração, bastando digitar no buscador do google “sistemas de
numeração”, “sistema binário”, “sistema decimal” ou semelhantes e terá à
disposição a informação que quiser. É um campo imenso de conhecimentos a
desvendar para muitos e, embora não pareça no primeiro momento, de grande
utilidade.
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