sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Shopping Curitiba

Entrada pela Avenida Sete de Setembro, em frente ao tubo da estação Praça Osvaldo Cruz.

Porta de acesso.

Estação tubo. 

Pista lateral da Av. 7 de Setembro

Pista lateral, depois do acesso.
Shopping Curitiba.

Na tarde de ontem fui até o Shopping Curitiba, onde está instalada a loja da Livraria Cultura. Nas últimas semanas meus livros entraram no catálogo da rede, sendo possível encomendar os livros. Minha presença lá era para tratar da realização de uma noite de autógrafos num dia a ser combinado. Desci do ônibus mas cometi o erro de usar a porta 2, em lugar da 4. Explico por que foi um erro. No lado da porta 4 eu teria a disposição um dispositivo de elevador para descer ao nível da calçada e dali uma travessia elevada me levaria para perto da porta de acesso. Onde eu desci não havia essa possibilidade. Tive que esperar por um momento em que o trânsito parou, devido ao sinal fechado, para conseguir passar e entrar no recinto. Uma rampa em declive dá acesso ao piso L2. Ali fui informado que a loja da Livraria fica no L3. Teria que ir até lá. Bem perto havia as escadas rolantes, que oferecem risco de queda devido ao uso da prótese na perna esquerda e as bengalas canadenses. O ambiente está muito bem ornamentado em vista do feriado do Natal. De modo sóbrio mas muito bonito. Vejam algumas imagens.
Escada rolante.

Escada rolante.

Escada rolante.

Ornamentação natalina.

Ornamentação natalina.
 
 Foi preciso ir até o elevador. Até aí nada demais. Acontece que os elevadores ficam bem escondidos. Isso mesmo. O local de acesso é identificado por plaquinhas bem pequenas, o corredor de acesso é longo e estreito, tendo em dois ou três pontos, menos de 1 m de largura. Olhem as imagens que mostram como é.
Esse da esquerda começa na área comercial e termina no fundo, onde faz uma curva de 90º e podem ser vistas as colunas da estrutura, onde a largura fica reduzida a menos de um metro. 
 


 Essa parte da foto da esquerda é a continuação depois do cotovelo, chegando-se depois de seis ou sete metros à porta do elevador. 

Depois de pegar o elevador, apertei o botão para subir e ele desceu para o nível G3 das garagens, onde o equipamento abriu a porta e travou. Não adiantava apertar botoões que ele não aceitava nenhum comando. 

O elevador não é nem um pouco espaçoso, pensando-se em sua utilização por usuários de cadeiras de rodas. Podemos imaginar o que aconteceria se dois cadeirantes se encontrassem naquele corredor, indo em sentidos  contrários. Restaria a um deles retroceder até a saída ou um lugar mais largo para passarem um pelo outro. 

Não conseguindo nem fechar a porta, quanto mais fazer o elevador subir até onde eu teria que ir, restou apertar a emergência. Enviaram um funcionário verificar e ele me disse que estava quebrado (que hora para isso acontecer). Teve ele a inteligência de me perguntar se queria que chamasse um técnico. Quando perguntei qual seria a demora  me informou que iria demorar bastante. 

Moral da história. Caminhei pela garagem até uma escada, distante uns 25 a 30 m, subi, depois de mais 8 m, havia mais dois lances de escada, retornei desci um outro e refiz o mesmo trajeto feito antes, até o primeiro elevador. Só aí havia cansado para o resto do dia. 

A foto ao lado, tirada bem de perto, mostra o tamanho da placa e as letras quase invisíveis indicando a posição do elevador. Bem complicado de encontrar. 

Ao alcançar finalmente o nível L3, havia outro tanto de corredor a percorrer para chegar a área comercial. Do ponto onde saí, há mais uma bela distância a caminhar até a entrada da loja da Livraria Cultura. 


Essas são as imagens do elevador onde desembarquei e o corredor que percorri para retornar ao setor comercial.


Eis o acesso da loja que eu buscava. Ali, havia um lande de escadas para subir e uma escana rolante interna. Mas para meu alívio, no canto esquerdo um peqeno elevador, comandado pelo próprio usuário, me elevou ao nível do piso da livraria. Uma grande satisfação eu senti ao adentrar o amplo espaço da loja. Os livros expostos a venda distribuidos em múltiplos lugares, com circulação espaçosa entre eles, poltronas, banquetas e bancos estofados espalhados por todo o recinto. No interior outra escada leva ao segundo e terceiro nível da loja. Tudo lindamente ornamentado com motivos natalinos. Uma loja nota 10, um suave som era ouvido, mas nada capaz de perturbar um momento de concentração para ler alguma coisa. Parabéns à Livraria Cultura. 

Placa indicativa de setores  para orientar os clientes.

Abaixo uma banca cercada por banco estofado e esposição de livros no centro. 



 É possível ver exposto o livro O Capital, versão de Thomas Piketty. 

Na outra banca ao lado, vários títulos expostos de modo a facilitar o acesso dos leitores. 

Vários títulos são possíveis de ler, bastando ampliar a imagem com um clic do mause. 


Estantes e mais estantes com os mais variados títulos expostos à venda. O impressionante é que sempre há espaço amplo para circulação das pessoas. Não se encontra dificuldades para se deslocar, nem é preciso ficar cansado se demorar na escolha. Há por toda parte um banco, uma banqueta ou poltrona para uso dos clientes. 











Nestas últimas imagens pode-se ver a amplidão e conforto da loja da Livraria Cultura. Com sinceridade, acostumado com o habitual pouco espaço entre estantes e expositores, me senti como se estivesse em casa ali naquele lugar. Vale a pena visitar apenas para conhecer.








A nota destoante apenas fica por conta da falta de acessibilidade para pessoas deficientes. Me imaginei no lugar de um cadeirante que chegasse naquele lugar na garagem e não tivesse como sair. Não existe alternativa além da escada. Mas cadeira de rodas não sobe escadas. O elevador quebrado, o desafortunado teria que esperar, talves horas pelo conserto do elevador para conseguir sair dali, ou então que dois ou três homens de braços fortes o carreguassem até o lugar acima onde pudesse pegar o outro elevador. Naquele nível não há outro. Um único desce até o G3. Quem não tem pernas, não sai dali, salvo carregado por alguém de boa vontade e força para tanto.

Quero deixar aqui consignado meu  protesto no tocante a esse particular. Digo  que encontrei na parte comercial nota 10 e na acessibilidade ZERO. Os responsáveis pelo Shopping deveriam encontrar uma solução para o problema, pois o deficiente que passar uma vez pelo que passei, nunca mais pisará naquele lugar. 

2 comentários:

  1. Olá DÉCIO.
    Quer dizer que o amigo estava lançando o livro em Curitiba.
    O Shopping Curitiba é bonito, eu não conheço este, já fui várias vezes a trabalho em Curitiba, mas quase não tenho tempo para passear.
    Conheço mais hotéis, pois é onde as pessoas para quem trabalho ficam hospedado.
    Gostei deste seu post, agradeço por ter compartilhado.
    Desejando um ótimo fim de semana.
    Abraços sempre.
    ClaraSol

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    Respostas
    1. Eu tenho oito livros publicados pela Biblioteca24horas de São Paulo. Agora eles estão disponíveis no site da Livraria Cultura. Eu fui lá para agendr uma noite de autógrafos, visando a divulgação. Também pode procurar no site da editora, ou na minha fan page www.facebook.com/livros.decioadams.
      Para quem não tem problemas físicos não há problema maior, mas para os deficientes é uma verdadeira tortura. Habitualmente eu me defendo bem, pois não dependo de cadeira de rodas, apenas não consigo usar escadas rolantes. O receio é levar um tombo e pode imaginar ser arrastado ao longo da canaleta até alguém conseguir parar a engenhoca? Não seria nada fácil.
      Daí ser deixado sem opção no último patamar da garagem, lá não sei quantos metros no sub-solo, num momento de pouco movimento não é mole. Fiquei literalmente apavorado. Por sorte consegui manter a calma e pedir socorro.

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