sábado, 15 de novembro de 2014

Economia doméstica



Economia doméstica

            Quem está pensando que vou dar uma aula de como alimentar a si e aos seus gastando menos, usando alimentos mais baratos e tão ou mais nutritivos que os habitualmente usados, está enganado. Ao longo dos anos venho observando algumas coisas que as pessoas fazem em casa, gastando água, energia elétrica e gás principalmente. Meus conhecimentos de física e um pouco de perspicácia, permitem dar algumas dicas de como podemos gastar bem menos nesses itens. Dessa forma teremos ao final do mês, uma boa economia. Essa economia atinge, além de nosso bolso, o meio ambiente.
         Vamos começar pelo gás. Trata-se de um produto proveniente da natureza, não é renovável e ainda produz resíduos poluentes no ar atmosférico. Ou seja, contribui com a elevação dos níveis de carbono da atmosfera, cujos efeitos sabemos de cor. A cada ano sentimos seus efeitos na forma de mudanças do clima. Regime de chuvas mais irregular, temperaturas variando com maior amplitude, degelo das geleiras polares e das neves, antes consideradas eternas, no alto das cadeias montanhosas. Mas o que fazer para cozinhar? Não estou falando de deixar de usar o gás, mas de minimizar o seu gasto, sem deixar de fazer o que é necessário.
         Se você prestar atenção, verá que é possível fazer o cozimento dos mesmos alimentos, no mesmo tempo, com uma economia de digamos 10% ou até mais do precioso produto. Como fazer isso? Vou explicar em palavras simples. O efeito de cozimento depende do tempo e da temperatura atingida pelo alimento. Digamos por exemplo uma panela em que se esteja cozinhando arroz. Uma determinada marca ou variedade de arroz precisará de X minutos cozinhando. Note bem, cozinhando. Isso não significa que a panela deva ficar aberta, a água em que está o cereal fervendo violentamente. Poderemos deixar a tampa fechada, o fogo baixo, fornecendo o calor suficiente para manter a ebulição(fervura). Tudo que for além disso, será desperdício. O calor acelera a transformação da água em vapor, mas a temperatura permanece a mesma. Com isso será preciso repor mais água(gasta mais água), para que o alimento fique pronto. Pode parecer pouco, mas no final significará uma boa economia.
         O uso da panela de pressão acelera o cozimento por que? O líquido(água) irá entrar em ebulição(ferver) numa temperatura mais alta. Depois que começa a saída de vapor pela válvula, pode baixar o fogo ao nível suficiente para manter o vapor saindo. Basta um pouco apenas, que a água se manterá fervendo e o alimento ficará pronto no mesmo tempo e poderá ainda evitar ter que repor água. Isso significaria gastar mais água e gás. Se o fogo for mantido no nível suficiente para cozinhar e nada mais, será possível economizar pelo menos entre 10 e 15% de gás. Pode não ser muito, mas é alguma coisa.
         Vejamos o caso da água. Enquanto você esfrega os talheres e louças na pia usando a esponja com detergente ou sabão, a torneira pode ficar fechada. Será suficiente abrir a torneira para enxaguar a louça, economizando um bocado de litros d’água. Na máquina de lavar roupas, você não deve usar mais água do que o necessário para a quantidade de roupa a ser lavada. Economiza água e sabão. Toda água da lavagem e enxágue, pode ser coletada no tanque. Sabe para que? Depois ela serve para remover a sujeira das calçadas, bastando depois um pouco de água limpa para acabamento. De quebra economiza sabão pois já há dele na água da máquina. Ao se barbear ou escovar os dentes, não é necessário manter a torneira escorrendo água enquanto a lâmina está sendo passada no rosto ou a escova esfregando os dentes. Bastará abrir na hora em que for usar água. No chuveiro, enquanto você se ensaboa e esfrega a pele, a água que escorre do chuveiro é perdida. Bastará abrir o chuveiro na hora em que for se enxaguar. Nesse caso a economia é dupla. Além da água, economiza energia elétrica.
         Outro vilão dos gastos domésticos é a fatura da concessionária de energia elétrica. O valor do kW/h consumido aumenta com o aumento do consumo. Pequenas providências como não deixar lâmpadas ligadas desnecessariamente, aparelhos elétricos como televisores, ventiladores, ar condicionado, ferro elétrico e tantos outros funcionando sem estarem sendo usados. Em tudo isso teremos no final do mês uma redução no consumo e automaticamente um custo mais baixo, pesando menos no bolso.

         Estes são alguns exemplos de como é possível diminuir os gastos domésticos, apenas com pequenas medidas que em nada diminuem seu conforto ou qualidade de vida. Creio que podem contribuir com alguma coisa, digamos R$ 20,00, 30,00 ou talvez 50,00. É pouco, mas somado a um bom número de outros gastos que podemos evitar, sem deixarmos de usufruir do conforto que o mundo moderno nos oferece. Juntando esses pequenos valores, ao final de um ano, teremos um dinheirinho para nos dar ou a quem desejemos, um presente, sem precisar dilapidar o orçamente já em si muitas vezes apertado. 

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