Economia
doméstica
Quem está pensando que vou dar uma aula de
como alimentar a si e aos seus gastando menos, usando alimentos mais baratos e
tão ou mais nutritivos que os habitualmente usados, está enganado. Ao longo dos
anos venho observando algumas coisas que as pessoas fazem em casa, gastando
água, energia elétrica e gás principalmente. Meus conhecimentos de física e um
pouco de perspicácia, permitem dar algumas dicas de como podemos gastar bem
menos nesses itens. Dessa forma teremos ao final do mês, uma boa economia. Essa
economia atinge, além de nosso bolso, o meio ambiente.
Vamos começar pelo gás. Trata-se de um produto proveniente
da natureza, não é renovável e ainda produz resíduos poluentes no ar
atmosférico. Ou seja, contribui com a elevação dos níveis de carbono da
atmosfera, cujos efeitos sabemos de cor. A cada ano sentimos seus efeitos na
forma de mudanças do clima. Regime de chuvas mais irregular, temperaturas
variando com maior amplitude, degelo das geleiras polares e das neves, antes
consideradas eternas, no alto das cadeias montanhosas. Mas o que fazer para
cozinhar? Não estou falando de deixar de usar o gás, mas de minimizar o seu
gasto, sem deixar de fazer o que é necessário.
Se você prestar atenção, verá que é possível fazer o
cozimento dos mesmos alimentos, no mesmo tempo, com uma economia de digamos 10%
ou até mais do precioso produto. Como fazer isso? Vou explicar em palavras
simples. O efeito de cozimento depende do tempo e da temperatura atingida pelo
alimento. Digamos por exemplo uma panela em que se esteja cozinhando arroz. Uma
determinada marca ou variedade de arroz precisará de X minutos cozinhando. Note
bem, cozinhando. Isso não significa que a panela deva ficar aberta, a água em
que está o cereal fervendo violentamente. Poderemos deixar a tampa fechada, o
fogo baixo, fornecendo o calor suficiente para manter a ebulição(fervura). Tudo
que for além disso, será desperdício. O calor acelera a transformação da água
em vapor, mas a temperatura permanece a mesma. Com isso será preciso repor mais
água(gasta mais água), para que o alimento fique pronto. Pode parecer pouco,
mas no final significará uma boa economia.
O uso da panela de pressão acelera o cozimento por que? O
líquido(água) irá entrar em ebulição(ferver) numa temperatura mais alta. Depois
que começa a saída de vapor pela válvula, pode baixar o fogo ao nível
suficiente para manter o vapor saindo. Basta um pouco apenas, que a água se
manterá fervendo e o alimento ficará pronto no mesmo tempo e poderá ainda
evitar ter que repor água. Isso significaria gastar mais água e gás. Se o fogo
for mantido no nível suficiente para cozinhar e nada mais, será possível
economizar pelo menos entre 10 e 15% de gás. Pode não ser muito, mas é alguma
coisa.
Vejamos o caso da água. Enquanto você esfrega os talheres e
louças na pia usando a esponja com detergente ou sabão, a torneira pode ficar
fechada. Será suficiente abrir a torneira para enxaguar a louça, economizando
um bocado de litros d’água. Na máquina de lavar roupas, você não deve usar mais
água do que o necessário para a quantidade de roupa a ser lavada. Economiza água
e sabão. Toda água da lavagem e enxágue, pode ser coletada no tanque. Sabe para
que? Depois ela serve para remover a sujeira das calçadas, bastando depois um
pouco de água limpa para acabamento. De quebra economiza sabão pois já há dele
na água da máquina. Ao se barbear ou escovar os dentes, não é necessário manter
a torneira escorrendo água enquanto a lâmina está sendo passada no rosto ou a
escova esfregando os dentes. Bastará abrir na hora em que for usar água. No
chuveiro, enquanto você se ensaboa e esfrega a pele, a água que escorre do
chuveiro é perdida. Bastará abrir o chuveiro na hora em que for se enxaguar. Nesse
caso a economia é dupla. Além da água, economiza energia elétrica.
Outro vilão dos gastos domésticos é a fatura da
concessionária de energia elétrica. O valor do kW/h consumido aumenta com o
aumento do consumo. Pequenas providências como não deixar lâmpadas ligadas
desnecessariamente, aparelhos elétricos como televisores, ventiladores, ar
condicionado, ferro elétrico e tantos outros funcionando sem estarem sendo
usados. Em tudo isso teremos no final do mês uma redução no consumo e
automaticamente um custo mais baixo, pesando menos no bolso.
Estes são alguns exemplos de como é possível diminuir os
gastos domésticos, apenas com pequenas medidas que em nada diminuem seu
conforto ou qualidade de vida. Creio que podem contribuir com alguma coisa,
digamos R$ 20,00, 30,00 ou talvez 50,00. É pouco, mas somado a um bom número de
outros gastos que podemos evitar, sem deixarmos de usufruir do conforto que o
mundo moderno nos oferece. Juntando esses pequenos valores, ao final de um ano,
teremos um dinheirinho para nos dar ou a quem desejemos, um presente, sem
precisar dilapidar o orçamente já em si muitas vezes apertado.
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